Desde miúdo que gosto muito da Feira do Livro. Durante uns anos andei afastado, mas mais recentemente tenho voltado a sentir alguma atracção pela coisa, mesmo ao falhar rotundamente a inculcar esse gosto às minhas filhas (que preferiram ficar em casa de pijama e à frente do computador, encomendando-me a tarefa de escolher os livros por elas). Já lá tinha ido abastecer-me durante a semana passada (agradeço o alargamento do horário à hora de almoço), mas uma oportunidade de ter a minha cópia do Transa Atlântica autografado, levou-me a voltar lá no Domingo, mesmo quando fui ouvido a escrever que "fugia da feira ao fim-de-semana como os Mexicanos da gripe suína".
A primeira reacção, ao ver a maré de gente a comer farturas e a passear trolleys (como se nunca tivesse andado nessa vida), foi muito próxima do pânico. Mas a causa era boa e não podia desistir ao primeiro obstáculo, e o tempo até parecia estar a dizer para eu me deixar ficar. Nas minhas deambulações (no sítio onde deveria estar a Mónica Marques, estava misteriosamente o Francisco José Viegas, a quem agradeço todos os meses a Ler) fui parar ao stand da Leya que parece querer transformar a Feira em mais um centro comercial e onde a confusão ainda era maior. Mas estava lá o Gonçalo M. Tavares (que é provavelmente o meu autor Português preferido), e havia um livro novo d'O Bairro (O Senhor Swedenborg), e aproveitei para me confessar um fanboy absoluto da obra dele e pedir um autógrafo. Perguntou-me qual o meu livro preferido dele (que é o Aprender a Rezar...) e que por acaso também é o que ele considera o seu melhor. Fiquei também a saber que está em fase de "limpeza" do seu novo romance que espera editar até ao final do ano. Venha ele...
De regresso ao stand da Quetzal, cruzei-me com o José Eduardo Agualusa e fiquei com a pulga atrás da orelha... Mas lá consegui encontrar a Mónica (o Francisco José ainda lá estava) e ficar com uma dedicatória verdadeiramente única, a qual nunca revelarei publicamente, nem sob tortura em Guantanamo. Mas a pulga do Agualusa não me largava e lá voltei à Leya para ver se ainda o apanhava. E lá estava! Dei-lhe um livro para autografar e ele ofereceu-me churros e apresentou-me os amigos, à melhor maneira Angolana. Os ditos amigos eram o João Tordo (a quem agradeci os livros que escreveu e de que gostei muito) e o Miguel Gullander (que não conhecia, mas de quem trouxe o Perdido de Volta, dada a recomendação efusiva). Quanto ao novo do Agualusa está aí a rebentar...
Apesar da grande confusão, o balanço foi extremamente positivo, tendo-me permitido adquirir uma data de livros autografados, e fazer este pequeno exercício em name dropping compulsivo (ainda lá vi o Bruno Nogueira e o Maestro Vitorino de Almeida). A feira segue até ao próximo fim-de-semana. No sítio do costume...
3 comentários:
Excelente post minha querida! Qualquer dia herdas o "Ervilhas".... ahhahaha
Foi bonita essa festa, pá!
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