27 março, 2009

Something for the Weekend XXX

Para os muito(s) distraídos, estes são aqueles senhores Suecos que inventaram aquela música do assobio que entrou na publicidade de uma marca de telemóveis, e que passou até à mais aterradora exaustão por todo lado (e que mesmo assim ainda serviu de inspiração para um certo artista nacional). Depois de uns anos a lançar CDs + ou - experimentais via internet, estão de volta com um disco a sério, que se chama Living Thing e que saí (teoricamente) na 2ª feira.


Peter Bjorn and John - Nothing To Worry About

Os Red Light Company são uma nova banda Inglesa, que depois de passar o início de 2008 a fazer a primeira parte para os Editors (não sei se foi o caso por cá), lançaram o seu álbum de estreia (Fine Fascination) no início deste mês. As primeiras audições deixaram-me curioso (mas sem exageros).


Red Light Company - Arts & Crafts

Os UNKLE não estão exactamente de regresso (mas também parece que ultimamente não desaparecem durante anos como era hábito), mas lançaram esta semana este vídeo fabuloso realizado por Spike Jonze e Ty Evans, a partir de filmagens de Fully Flared um documentário sobre skate que fizeram em 2007. Quanto à música faz parte do alinhamento do último disco entitulado End Titles... Stories for Film, que recolhe um conjunto de temas de prateleira e de bandas sonoras...


UNKLE - Heaven

7PP : Confusione

Humor Ervi: muitos tentam mas ninguém se aproxima...

23 março, 2009

Disco : Metric - Fantasies


Após 4 anos de espera pelo seguidor de Live It Out, posso começar já por dizer que os Metric estão de volta em grande forma, e que este é um disco ideal para comemorar o início da Primavera. Pelo caminho houve a reedição do primeiro Grow Up and Blow Away e o álbum a solo da Emily Haines com os Soft Skeleton (Knives Don't Have Your Back), mas nenhum deles me satisfez da mesma forma que este.

Este Fantasies está em espírito mais próximo de Old World Underground, Where Are You Now? do que do anterior, e prossegue a longa e difícil caminhada para a perfeição pop-rock nitidamente ambicionada pela banda. Os hooks de James Shaw continuam lá em pleno, mas menos agressivos (não esperem encontrar nenhum Monster Hospital nem Patriarch on a Vespa). Mesmo apesar de as primeiras audições não me terem deixado maravilhado, algumas faixas mais imediatas (Help I'm Alive e Gold Guns Girls principalmente) deixaram o bichinho para garantir o regresso. E agora estou completamente viciado e com dificuldade em ouvir outra coisa (desculpem a repetição, mas não tenho culpa, sou muito obsessivo musicalmente). Algumas faixas parecem apontar para uma grande vontade de tocar o disco ao vivo e em espaços grandes, o que normalmente é motivo para eu fugir a sete pés, mas neste caso nem me importo... Aliás, quem me dera poder estar com mais 50.000 a ouvir Stadium Love ao vivo. Era sinal que os Metric tinham finalmente chegado ao lugar que merecem.

Tenho no entanto de confessar um crush quase adolescente pela Emily e pela sua voz sussurrante e meiga, que provavelmente exacerba consideravelmente a minha opinião do disco. Mas penso que não será apenas isso...


Metric - Give Me Sympathy

20 março, 2009

Something for the Weekend XXIX

Uma semana com um punhado de vídeos algo dispares e que por mais voltas que dê, não consigo sequenciar de forma satisfatória. Começamos assim com esta primeira amostra do novo trabalho de PJ Harvey com John Parish (A Woman a Man Walked By - a 30 de Março), que satisfaz sem surpreender. Aproveito ainda para me vangloriar de ser um dos sortudos que conseguiu bilhetes para o concerto na Casa da Música a 2 de Maio, mesmo apesar de terem sido postos à venda no dia seguinte ao celebre roubo da carteira. Não há como ter bons amigos...


PJ Harvey & John Parish - Black Hearted Love

Patrick Wolf também desvenda um pouco (ou será muito?) do que tem andado a fazer com o dinheiro que o público (eu incluído) lhe deu para fazer o seu novo álbum. Aparentemente já não é duplo, nem se chama Battles, mudou para The Bachelor e será seguido por um segundo disco ainda este ano. Tanto quanto sei, ainda não há uma data prevista de edição, mas pela amostra estamos de volta aos territórios mais electro e menos chamber-pop de Lycanthropy.


Patrick Wolf - Vulture

Passando para território nacional, este é o novo vídeo do Mazgani, projecto de um Luso-Iraniano de primeiro nome Shahryar, que conquistou irremediavelmente a minha simpatia quando tiveram a oportunidade de fazer a 1ª parte dos Spoon na Aula Magna o ano passado. Apesar de o álbum já datar de 2007, é sempre bom ver vídeos bem produzidos e bonitinhos a serem feitos no nosso pais. Agora venham daí essas gravações novas prometidas para este ano...


Mazgani - Somewhere Beneath the Sky

Finalmente deixo-vos o novo vídeo dos Feromona, banda de Lisboa que tem no seu disco de estreia Uma Vida a Direito, um punhado de boas canções com excelentes letras, e para o qual recomendo vivamente a vossa descoberta (caso sejam ainda mais retardatários do que eu). O disco físico existe mas é capaz de não ser fácil de encontrar, mas podem fazer o download legal e gratuito no site oficial da banda.


Feromona - Bisturi

15 março, 2009

Galileo Galileo

Bruninho (ou deverei dizer Bubu?), espero que andes atento! Nós (todos) precisamos mesmo disto para termos uma Páscoa Feliz!!!!

14 março, 2009

Livro : O Dia Mastroianni (João Paulo Cuenca)


Entre a leitura da Transa Atlântica e a revelação de passada 2ª feira, aproveitei a viagem a Coimbra para acabar A Derrocada da Baliverna do Dino Buzzati (que é muito bom, mas achei um pouco repetitivo em termos temáticos) e para devorar este pequeno livro deste jovem autor Brasileiro.

O Livro relata 24 horas alucinantes na vida de dois amigos, sem objectivos nem ambições que sigam além de viver cada dia ao máximo. Cuenca escreve em velocidade, tem muito estilo nos diálogos, e domina a arte de transformar a falta de sentido em algo profundo e tocante. É o estilo de livro pelo qual teria ficado completamente apaixonado se me tivesse aparecido à frente há uns 20 anos atrás. No presente, divertiu-me muito mais do que deveria ser permitido pela lei e deixou-me a querer MAIS. Esperemos que a Caminho tenha a decência de editar o seu primeiro livro - Corpo Presente - em breve...

13 março, 2009

Something for the Weekend XXVIII

Esta semana não há falta de vídeos novos! Começamos com o primeiro vídeo oficial do 2º disco dos Handsome Furs de que vos falava há dias. E que grande video! Curiosamente, esta música não me saía da cabeça durante a minha epopeia de 2ª feira (prontos, tinha passado a semana anterior a ouvir o disco o que deve ter contribuído). Aproveito ainda para avisar as hostes que a banda vem ao Music Box a 22 de Maio. Be there or be square...


Handsome Furs - I'm Confused

Novo projecto paralelo para o Jack White (Stripes) e para a Alison Mosshart (The Kills), acompanhados por Jack Lawrence (dos Raconteurs) no baixo e Dean Fertita (ocasional QOTSA), que já anda a ser chamado por aí como "super-grupo". Se é super ou sem chumbo pouco me interessa, mas que está com bom aspecto, está, apesar do Jack estar a sobrepor demasiado os vocais da VV que são muito mais interessantes. O vídeo é bastante fraquinho, mas a amostra musical compensa.


The Dead Weather - Hang You Up From The Heavens

O novo disco dos Yeah Yeah Yeahs chama-se It's Blitz e sai a 6 de Abril. Nele os rapazes descobrem os sintetizadores e a Karen O decide ser mais atinadinha, mas não menos versátil por isso. Segue a evolução natural da banda, e continua a garantir o título de aposta de futuro. Zero é o single de estreia.


Yeah Yeah Yeahs - Zero

Para acalmar um pouco os ânimos, que tanta excitação não deve ser boa para o coração, deixo-vos ainda o 1º vídeo oficial do Two Suns da Bat for Lashes (suspiro).


Bat for Lashes - Daniel

Aconteceu Na Baviera...

... um estranho fenómeno geológico. A UEFA já abriu um inquérito e há possibilidades de uma vitória na secretaria em Nyon. Quando questionados sobre as hipóteses de sucesso do recurso do clube que representam, o advogados responderam que nem animais de sangue frio: "Só nós sabemos porque não ficamos em casa. A Suíça é linda em Março e as nossas mulheres andam impossíveis de aturar".

10 março, 2009

Equilibrio

Ontem foi um dia muito estranho, daqueles que deixam uma pessoa a pensar sobre aquelas coisas místicas como o Ying e o Yang e as curvas sinusoidais e outras coisas que mais. Uma daquelas sucessões de acontecimentos que demonstra que, por muito mal que pensemos que a nossa vida esteja a correr, há sempre hipotese de acontecer algo de maravilhoso ao virar da esquina...

Fui almoçar aos Armazéns do Chiado e quando dei a minha refeição / leitura por terminada, pego no casaco que tinha colocado nas costas da cadeira e reparo que estava mais leve do que o habitual. Vou imediatamente verificar se a carteira estava no bolso e verifico que desapareceu. Ainda fiz algumas verificações: junto de pessoas sentadas perto de mim, das senhoras que limpam os tabuleiros, da empregada do restaurante onde comprei a refeição, dos seguranças do centro, mas sem qualquer resultado. Toca a andar para a esquadra da polícia (a 2ª - no Terreiro do Paço - onde já tinha estado anteriormente por assalto no Rossio - história que ficará para contar outro dia), e passar 2 horas para cancelar cartões bancários (e ser roubado novamente) e registar o sucedido (a demora não foi da responsabilidade do agente, que para além de me atender, era telefonista e posto de informações). Eu sei que fui estúpido, e o pior é que antes de me sentar considerei passar a carteira para o bolso das calças, mas como eram de fato não as queria deformar. Também sei que está longe de ser a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa, mas que chateia e disturba não há dúvida (e ainda não comecei a epopeia do pedido dos documentos).

Agradeci depois a não sei muito bem quem (talvez a mim próprio), ter o meu passe no bolso da camisa, porque se assim não fosse teria de pedir a alguém que me fosse buscar à esquadra, ou ir a pé, que não sendo uma coisa má (gosto muito de andar) não é praticável em termos de tempo. Fui ao emprego, onde estive duas horas sem condições mentais mínimas para trabalhar (mas tentei), e voltei para casa. Algum tempo depois fiz a posta anterior a esta. Se ainda não a leram, façam o favor de a ler, porque não escrevo para o galheiro. E já agora vão comprar o livro à livraria mais próxima porque vale a pena.

30 minutos depois recebi um email da Mónica Marques:

"Olá Bruno,
Ou diria Bubu?
Muitos muitos beijos
Sou eu a Mónica
ou diria Mómó?
O livro é desordenado, como eu. E isto que nos aconteceu é uma coisa maravilhosa."

Se tinha caído de 4 com as referências à minha rua, com esta caí de 8, 16, 32, etc. Senti um turbilhão no cérebro e um monte de memórias há muito enterradas a virem todas juntas para a minha cabeça. A Mónica era a minha vizinha do andar de cima, e foi minha "namorada" para aí entre os 5 e os 7 anos (que alguém me corrija se estiver errado), isto até àquela altura em que os putos (estúpidos) decidem deixar de gostar de raparigas (muito temporariamente), em que decidi romper com o namoro sem razão aparente. Alguns anos mais tarde mudou de casa (ainda lá fui um par de vezes), e depois perdi contacto. Acho que já lá vão uns 30 anos...

Se o bom do Shakespeare dizia (e tudo me leva a crer com razão): "Hell hath no fury like a woman scorned", peço-te que aceites as minhas desculpas, e espero que não te tenha traumatizado muito. E já agora que a tua vingança seja suave...

Fotografia: Alquin

09 março, 2009

Livro : Transa Atlântica (Mónica Marques)

Mónica Marques é uma Portuguesa que vive no Brasil há sete anos. Comprei o livro com base em algumas criticas bastante positivas que li e que me deixaram curioso. Diz a sinopse que é "a história de uma mulher entre os trinta e os quarenta anos e com uma tendência natural para o abismo e para o pecado". Na realidade não é verdadeiramente uma história. É mais uma série de episódios (uns do passado, outros do presente) e pensamentos, que claramente têm algo de auto-biográfico, mas que é impossível dizer o quê, e que perfazem o retrato de uma escritora à procura de um livro para escrever. Uma espécie de diário, se quiserem...

Apesar de um pouco desordenado (intencionalmente diria eu), está muito bem escrito, e fez-me sorrir inúmeras vezes (o que é bastante difícil nos dias que correm). Mesmo com muitas referências perdidas (sou um verdadeiro zero em cultura Brasileira), devorei o livro num só dia, e fiquei com vontade de ler mais. Só então reparei que a autora, por acaso até tem um blog, chamado Sushi Leblon e que é também muito recomendável. E contrariamente às minhas expectativas, a mestiçagem entre o Pt-Pt e o Pt-Br funciona que é uma maravilha. Se o Caetano dizia há uns tempos que "Falta promiscuidade entre Portugal e Brasil", eu digo "Toma lá, Caetano!".

Uma curiosidade adicional: se uma referência à Escola Secundária de Benfica (onde andei do 7º ao 9º ano) me tinha deixado divertido, quando li "Os meus pais foram passar a lua-de-mel à Madeira de onde voltaram para a casa da Avenida do Uruguai, em Benfica, ao lado da pastelaria Carripana e da frutaria do Senhor Silva" caí de quatro. É que eu morei no prédio provavelmente contiguo. Bem que a foto da autora me parecia familiar...

06 março, 2009

Something for the Weekend XXVII

Os Duke Spirit são uma banda Inglesa com influências muito americanas, que lançaram o ano passado um belo disco de rock chamado Neptune. Este My Sunken Treasure deverá ser o último single extraído desse álbum, visto já estarem a trabalhar no novo. A vocalista Liela Moss tem aspecto e fama de ser um autêntico animal de palco e gostava muito que viessem até cá.


The Duke Spirit - My Sunken Treasure

Os canadianos Metric iniciaram esta semana a pré-encomenda do novo álbum Fantasies e seguem a moda das edições limitadas disponibilizadas exclusivamente via internet. As varias edições estão à venda aqui, e também vale a pena ouvir as duas músicas novas disponíveis aqui. À falta de vídeo novo (que procuro religiosamente todas as semanas), deixo-vos uma cover interessante...


Metric - Between the Bars (Elliott Smith Cover)

...Que serve essencialmente para me lembrar de como este senhor faz falta no meu mundo. Já lá vão 5 anos que nos deixou e ainda não me consegui habituar à ideia de não ouvir mais músicas compostas e cantadas por ele.


Elliott Smith - Waltz #2

05 março, 2009

Disco : Handsome Furs - Face Control


Tenho um grande fraquinho por bandas formadas por casalinhos (ou mesmo ex)! Ele é White Stripes, The Kills, Dresden Dolls, ADULT., Cocoon, The Do, etc., mas não o suficiente para cair no tal passe de marketing chamado Ting Tings. Por isso este projecto de Dan Boeckner dos canadianos Wolf Parade (banda sobre a qual me estreei nas postas de pescada) com a sua mais-que-tudo Alexei Perry só poderia chamar à minha atenção.

Como por aqui já referi, temo-lo a ele na guitarra nervosa e vocais sentidos, a ela nas batidas ritmadas como um coração. Mais acessível do que o projecto original (confesso que do 2º álbum ainda só entraram 2 ou 3 músicas), a simplicidade também ajuda a voz de Boeckner a sobressair de uma forma que os WP não lhe permitiam, ao ponto de parecer que tudo o que canta lhe vem do âmago da alma. Mais um grande disco de "rock casalinho" para juntar à colecção e repleto daqueles temas que só parecem melhorar a cada audição.


Handsome Furs - Thy Will Be Done (Live on Radio K)

02 março, 2009

Livro : Crime (Irvine Welsh)

Li (e tenho) todos os livros do Irvine Welsh, tirando o Trainspotting (tenho um problema sério em ler livros depois de ter visto e gostado muito de um filme) e o anterior a este If You Liked School, You'll Love Work (mas lá irei um dia). Mesmo no seu mais escatológico e escabroso, consegue sempre transmitir algo de redentor sobre esta raça humana sem tino nem destino de que todos fazemos parte.

Este foge um bocado à norma, quando troca a paisagem da Escócia urbana natal do autor, pela Florida de Miami, e se aproxima na trama de um policial negro do Andrew Vachss (que também lia há uns anos largos com muito agrado). Mas a personagem principal, um policia Escocês chamado Ray Lennox (que já aparecera em Filth), de férias semi forçadas pelos excessos resultantes de um caso difícil com um predador pedófilo, e a tentar acertar pormenores do seu casamento, é 100% Welsh. Na linguagem, no amor pelos Hearts, na emoção com que vive a vida, nos segredos que tem bem guardados no seu baú e que vêm a luz do dia antes do final do livro. Como não poderia deixar de ser, depois de um desacato com a noiva, acaba por cair sem saber muito bem como num circulo organizado de pedófilos, e entra em cruzada pela salvação de uma criança de 10 anos...

Fiquei um pouco indeciso entre duas possibilidades: ou este é o primeiro livro de uma nova fase de Welsh, mais maduro e mais recatado, mas mantendo a coragem de tocar em temas de que a maioria dos autores foge a sete pés, ou então é uma forma algo cínica de tentar conquistar mercado nos Estado Unidos recorrendo ao género do thriller. Independentemente de motivos, o facto é que gostei do livro, apesar de muito longe do coup de force de Marabou Stork Nightmares, está bem escrito e satisfaz.

01 março, 2009

Disco : Bat for Lashes - Two Suns


Há momentos fugazes em que se consegue arranjar a música exactamente perfeita para os mesmos. Ontem, a meio da festa de aniversário da minha filha mais nova, no Parque da Pedra em Monsanto, e enquanto a criançada andava em pleno Geocaching, decidi desligar um pouco do mundo e por isto a tocar no iPod enquanto olhava para as árvores. Nunca vos pareceu que em certos momentos a música tem muito mais força anímica do que no dia-a-dia? Este foi um deles e agora parece-me que a sensação de paz no meio de um fim-de-semana (quase) alucinante, ficará para sempre ligada à sua audição. Isto acontece-me raramente, mas provoca sempre emoções muito agradáveis. A última tinha sido no verão passado, a ouvir Bowerbirds numa noite estrelada à janela do nosso estúdio de Sesimbra. Agora sempre que oiço o disco parece-me ver o céu estrelado e saborear o cigarro dessa noite.

Passando ao disco propriamente dito (sobre o qual já tinha decidido escrever antes do acontecimento acima), Bat for Lashes é o pseudónimo de uma Inglesa de origem Paquistanesa que dá pelo nome de Natasha Khan e cujo primeiro (e excelente) álbum Fur and Gold foi candidato ao Mercury de 2007. Este é portanto o "difícil segundo disco", e pode-se dizer que a moça não se saiu nada mal. Curiosamente (e um pouco em contra-ciclo), as influências da Khan estão mais claras do que no anterior e torna-se evidente que é uma potencial sucessora ao trono de gaja-tresloucada-ao-piano, por onde já passaram a Kate Bush, a Tori Amos (Moon and Moon podia bem estar num disco dela) e a Fiona Apple. Mas aquele tribalismo meio místico, que leva a comparações com a Björk, e que transbordava do primeiro disco ainda cá está, sendo particularmente notório nas minhas músicas favoritas (Sleep Alone e Two Planets). Não estando totalmente ao nível da sua estreia, este Two Suns é um passo em frente que demonstra segurança e a contínua capacidade de compor músicas muito bonitas. Agora só falta mesmo vir até à nossa terra dar um concerto...


Bat for Lashes - Moon and Moon

Feira do Disco de Coimbra 2009

Where's Wally Taborda?

Nos próximos dias 7,8,9 e 10 de Março vai decorrer na Praça de República em Coimbra uma feira do disco e como não poderia deixar de ser o gangue da "Ó Fialho! Records" marcará presença com uma banca carregada de vinil para todos os gostos.

Gostamos muito de visitas e oferecemos cafés, imperiais e coiso e tal. Apareçam, mandem emissárias, façam o que quiserem mas não nos deixem sozinhos com os cromos difíceis dos coleccionadores!!!