Como investidor neste disco, a minha curiosidade ainda era maior do que o normal, e foi completamente impossível resistir ao leak que por aí anda/andou (o disco só sai oficialmente a 2 de Junho). Sim, a capa é horrorosa, mas não me importo muito com isso, visto ser claro pela audição do disco que o Wolf gastou cada p que eu e os outros demos a fazer o disco mais ambicioso da sua carreira (e de muitas outras carreiras também).
Logo à partida, é muito claro que pegou nos estilos distintos dos seus discos anteriores (a electrónica de Lycantropy, o chamber de Wind in the Wires e a pop de The Magic Position), misturou-os de formas novas e desbravadoras, e ainda conseguiu juntar mais uns quantos ingredientes (sendo o mais notório a folk celta). Também não se poupou em instrumentos, para além do piano / violino / electrónica habituais, temos coros a torto e a direito, citara, pifaros, órgão de igreja, flautas de pan (esta é bastante infeliz e quase que me estraga o disco dada a alergia adquirida num fim de semana de feira de discos com Índios-Sul-Americanos-da-treta a fazer companhia e a tocar o tema do Titanic), e até declamações da Tilda Swinton. Enfim, não é uma festa. É um autêntico festim! Tal como já acontecia no anterior arranca com 3 faixas absolutamente inebriantes: o muito "à propos" Hard Times, Oblivion e o Laneganesco The Bachelor com uma voz feminina rouca e ainda não identificada, e que me provocou arrepios contínuos na primeira audição. Seguem-se as duas faixas mais fracas do disco (com as tais flautas titanescas), que são o único motivo para ficar à esquerda da perfeição, mas depois redime-se com honras...
Se antes já era difícil classificar o rapaz, com este disco entra com toda a confiança na classe dos inclassificáveis. Garanto-vos que não é pelos tostões que poderei ganhar com isso, nem pela troca de olhares quando me cruzei com ele à frente do Lux, que vos digo que este disco é obrigatório, e que este rapaz ainda vai fazer muita coisa jeitosa daqui para a frente...
2 comentários:
Aí está um disco a descobrir!
Victor : Bem vindo por estas paragens. O disco é mesmo obrigatório. E os anteriores também...
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