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Em Friction acompanhamos a vida de um sexteto de jovens adultos a tentar fugir à infelicidade. Como nos livros do Houllebecq, nenhum deles consegue ser feliz com as relações que tem (ou com a falta das mesmas) e percorrem caminhos algo devaços na tentiva de encontrar algum conforto. Começando com percursos bem distintos, estes acabam por se cruzar com consequências algo trágicas. O final em antecipação cientifica também faz lembrar o Houllebecq, mas apesar de tudo, a energia que a escrita de Stretch solta, faz com que o resultado não seja tão deprimente, e que as componentes de sátira se tornem bastante mais nítidas.
Uma excelente estreia que espero venha a dar autor para substituir alguns dos meus autores de choque favoritos (Irvine Welsh, Chuck Palahniuk, bem como as duas referências indicadas), agora que se encontram a perder o seu lustre, ou interessados noutros temas.
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