

E eis senão quando aparecem dois tomos finais. Os mais cínicos dirão que se tratar de fazer render o peixe, e de explorar os fãs mesmo até ao fim...
Em todo o caso, as boas notícias são que o penúltimo volume (La Version Irlandaise) é desenhado por Moebius - se bem que destoe um pouco numa série que vivia sobretudo (para não dizer exclusivamente - já lá irei) do traço inimitável de William Vance.
O último (Le Dernier Round), já da autoria de Vance, vem no essencial rematar algumas pontas soltas, mas sem os golpes de teatro típicos dos volumes anteriores. E a crítica mais dura tem de ir para a história verdadeiramente pedestre, que começou por ser um interessante e intrigante pastiche do típico enredo do agente secreto amnésico e em busca da sua identidade (pois, podia chamar-se Bourne...), para se arrastar mais ou menos penosamente nesta fase final.
Abundaram os golpes de teatro forçados, as personagens esterotipadas, e se calhar a coisa durou uns quatro ou cinco álbuns a mais (foram 19 no total). Mas valeu a pena, especialmente para quem admira o extraordinário desenhador que é William Vance (se bem que XIII não é, e nunca foi, Bruno Brazil...). Os reaccionários saudosistas (como eu) da BD dos anos 70 encheram o papinho...
Sem comentários:
Enviar um comentário