Admirei-te primeiro a peida: elegante sem ser snob, confessional sem ser lamechas, empinada mas sem peneiras. Depois o ar de vaca, com essa voz que alguém comparou a falar com a boca cheia de salsichas de cocktail.
Imitei-te, por vezes descaradamente, quando era aprendiz de travesti. Depois percebi que os ídolos têm doenças sexualmente transmissíveis, e que alguns dos teus orgasmos não eram verdadeiros mas apenas bene trovato.
E, talvez por isso, passei a admirar-te ainda mais. Obrigado, Ana Malhoa, a quem um dia ainda apertarei o mamão.
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