Tinha algum receio que este terceiro álbum da banda me viesse a desiludir. Afinal de contas quantas permutações são possíveis com o trinómio guitarra / caixa de ritmos / voz que o duo utiliza? E a notícia de que Hotel (ou Jamie Hince - o homem da guitarra) teria encetado uma relação com a Kate Moss (esta mulher colecciona músicos?), também me deixou algo desconfiado... Mas o facto é que os Kills continuam a fazer os seus punk blues mutantes e raivosos como mais ninguém faz.
Este disco está mais produzido, o que quer dizer que se afasta um pouco da estética lofi dos anteriores (apesar de manter o seu mean dirty side), mas neste caso isso parece-me bastante positivo: as musicas ganham em detalhe e complexidade pela introdução de tambores e palmas, e a voz de VV (ou Alison Mosshart) parece agora mais arrojada. Também se conseguiram afastar significativamente das suas influências principais (Velvet Underground para ele e PJ Harvey para ela), ganhando em identidade própria. Resultado: é o primeiro disco de 2008 que foi capaz de me viciar até ao momento, mesmo apesar de me parecer que perde um pouco de gás no terço final. ( 4 / 5 )
Aproveito ainda para vos recomendar a comparência no concerto que têm marcado para 12 de Abril na Casa da Música, e deixo-vos o video de Cheap and Cheerfull...
1 comentário:
Ahhh The Kills, pelo que ouvi até agora gostei, mas foi mais na segunda faixa, Cheap and Cheerful, que percebi que este disco prometia ser um pouco diferente dos 2 anteriores.
Já cá tenho Vampire Weekend para ouvir, ainda não lhe dei a devida atenção, darei notícias.
Beijinhos
Maria
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