Aproveitei a minha viagem a Madrid para investigar a secção de BD da FNAC à procura de novos talentos Espanhóis. Estes 3 foram o que de melhor aspecto por lá vi, e apresento-os pela ordem em que os li...
Arrugas
Paco Roca
Este é o único autor que já conhecia, graças a uma obra sua anterior intitulada El Juego Lugubre. Natural de Valência, este é o quinto álbum do autor, que nos coloca na vida de Emílio, um velhote com os primeiros sintomas da doença de Alzheimer, no dia em que chega a um lar da terceira idade. Dada a temática o livro é uma obra essencialmente humanista, recheado de pequenos episódios das vidas já longas dos seus personagens, e que nos deixa a reflectir sobre o que nos espera no nosso futuro. Quanto à arte, o traço é limpo e muito expressivo, apesar de Roca parecer ainda andar à procura do seu estilo próprio, ou de pelo menos se soltar um pouco mais para se tornar mais natural. Vale bem a pena o trajecto e também está editado em França na colecção Mirages da Delcourt sob o título Rides.
Psico Soda
Carlos Vermut
Este era o título para o qual tinha as maiores expectativas, dado parecer o mais original em temática e desenho. No entanto a realidade é que foi o que menos gostei... Composto por 13 histórias curtas em tom sinistro e macabro, realizadas entre 2006 e 2007 e publicadas em diversas publicações da especialidade, o livro é muito pouco consistente, brilhando apenas uma ou duas passagens: destacando-se a série Doble Sesion em que autor mistura dois estilos de cinema numa única história (o peplum com o western por exemplo). Tal como na minha primeira impressão, o desenho de facto é bastante original, mas em termos de storytelling também apresenta bastantes falhas. Não posso recomendar com grande convicção, mas Vermut é um autor muito jovem que ainda poderá vir a evoluir para bastante melhor. Pelo menos demonstra talento e originalidade para isso.
Vidas a Contraluz
Raule & RogerArrugas
Paco Roca
Este é o único autor que já conhecia, graças a uma obra sua anterior intitulada El Juego Lugubre. Natural de Valência, este é o quinto álbum do autor, que nos coloca na vida de Emílio, um velhote com os primeiros sintomas da doença de Alzheimer, no dia em que chega a um lar da terceira idade. Dada a temática o livro é uma obra essencialmente humanista, recheado de pequenos episódios das vidas já longas dos seus personagens, e que nos deixa a reflectir sobre o que nos espera no nosso futuro. Quanto à arte, o traço é limpo e muito expressivo, apesar de Roca parecer ainda andar à procura do seu estilo próprio, ou de pelo menos se soltar um pouco mais para se tornar mais natural. Vale bem a pena o trajecto e também está editado em França na colecção Mirages da Delcourt sob o título Rides.
Psico Soda
Carlos Vermut
Este era o título para o qual tinha as maiores expectativas, dado parecer o mais original em temática e desenho. No entanto a realidade é que foi o que menos gostei... Composto por 13 histórias curtas em tom sinistro e macabro, realizadas entre 2006 e 2007 e publicadas em diversas publicações da especialidade, o livro é muito pouco consistente, brilhando apenas uma ou duas passagens: destacando-se a série Doble Sesion em que autor mistura dois estilos de cinema numa única história (o peplum com o western por exemplo). Tal como na minha primeira impressão, o desenho de facto é bastante original, mas em termos de storytelling também apresenta bastantes falhas. Não posso recomendar com grande convicção, mas Vermut é um autor muito jovem que ainda poderá vir a evoluir para bastante melhor. Pelo menos demonstra talento e originalidade para isso.
Vidas a Contraluz
Recolha de dois comics de histórias curtas editados pelos autores (Amores Muertos e Cabos Sueltos), documenta de forma muito simples o imenso talento que estes senhores têm. Na primeira parte temos 4 histórias de personagens a encontrarem os fantasmas das suas amadas, a segunda metade é mais variada, com pequenos retratos da vida de todos os dias e pequenas deambulações por temáticas mais diversas como a Guerra Civil Espanhola. Estas curtas funcionam tão bem como um bom blues na forma como num curto espaço de tempo e com meios mínimos nos conseguem empatizar com a dor dos seus protagonistas. A arte de Roger não sendo muito original, é muito estilizada e perfeita para os ambientes que tentam criar. Já com um projecto de 3 álbuns em curso (Jazz Maynard) editado simultaneamente em Espanha e França, parece-me que estes jovens ainda vão dar muito que falar. Foi sem dúvida a melhor surpresa deste pequeno lote.
3 comentários:
Ó Caramelo Chefe:
Então o LR não pode por o texto à volta das (suas miseráveis)imagens e Vossa Excelência pode?
Haja justiça ou comem todos! heheheh
Ervi, o provedor dos bloggers oprimidos
E já diz o povo que de Espanha "nem bom vento, nem bom livro ao quadradento..."
Caro provedor da mula russa: o texto à volta das imagens só deve ser utilizado quando se faz postas de grupo. Quando se faz postas individuais deve-se por uma imagem única no topo da posta...
E digo mais: foi a jogar Monopólio contigo que aprendi que as regras são para se definir à medida das necessidades ;-)
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