Primeira longa-metragem de um jovem e prometedor realizador belga de seu nome Fabrice Du Welz, este Calvaire conta-nos a história de Marc Stevens, cantor pimba de 3ª categoria, a viver à custa de actuações em lares da terceira idade. Certo dia perto do Natal e entre duas actuações, tem uma avaria na sua carrinha algures nos bosques da Bélgica o que o obriga a pernoitar no albergue do senhor Bartel, pensando que no dia seguinte conseguirá arranjar um mecânico para tratar da carrinha e seguir caminho. No entanto não é esse o destino que lhe está reservado, dado que o senhor Bartel é apenas a ponta de uma aldeia em que todos os habitantes são homens inbread e completamente loucos. Digamos apenas que o título reflecte muito bem o que depois se passa.
Não sendo propriamente um filme de terror, Calvaire é mais um thriller feito com o feeling de um filme artistico europeu, mas com cenas verdadeiramente arrepiantes, pelo que as pessoas mais sensíveis é melhor absterem-se. A cinematografia granulada e monocromática de Benoît Debie (já responsável pelo Irréversible de Gaspar Noé) é fabulosa, as interpretações são boas e a realização é eficiente e contida, deixando muito à imaginação do espectador.
Mas não fiquem a pensar que tudo é desagradável e cinzento neste filme, a primeira parte tem momentos de comédia negra na interacção entre as duas personagens principais, e lá para o meio existe uma cena no bar da vilória que é absolutamente genial, e a fazer lembrar um Lynch na sua faceta mais esquisita. Definitivamente a não perder por todos os apreciadores de filmes de culto e "fantásticos" (no sentido muito lato do termo). (4 / 5)
5 comentários:
epá, tu e o lynch, o lynch e tu....
mh.. anda aí qualquer coisa.
Pois é... provavelmente são saudades, dado não termos filme desde 2001 (sim, o Mulholand Dr. já faz 5 anos)...
Bem, segui a tua boa crítica e vi este filme...
Gostei muito da primeira metade, em que nos é apresentado Marc, o estranho albergue e os enrabadores de porcos... Fiquei curioso, sempre à espera de conhecer os aldeões, até que o homem do albergue se passa de vez. Horrorizado assisti ao martírio de Marc e à loucura de Cabrel (?).
Depois vem a cena no bar! Qué isto? A cena mais insana que já vi num filme, e não sou um estranho a este tipo de filmes "esquisitos". Dança de acasalamento, ritual satânico? Não interessa, é tão perturbador que acho que não me vou esquecer tão depressa...
Todo o filme tem uma excelente realização, principalmente a segunda metade; veja-se a cena "do olho" (em que a camâra gira à volta da mesa no jantar de natal) e a cena vista de cima, quando se dá o ataque dos labregos.
No final fiquei com a sensação de que fica algo por explicar e que o filme poderia ter sido muito mais do que é. Porque não abordar o background da aldeia, por ex?
A minha namorada achou o mesmo e apesar de tudo continuámos a falar sobre o filme durante meia-hora. Até chegámos a ir ao IMDB, onde encontrámos uma opinião engraçada que dizia qq coisa como: nunca houve mulheres naquela aldeia, sendo a mulher do albergue apenas um mito, uma utopia. E como tal tudo o que fosse estranho à comunidade seria encarado como "feminino", ou como "sagrado" (marc é crucificado e veja-se o crucifixo no final do filme).
Em suma, embora tenha pensado inicialmente que era um filme doentio sem nada de especial, dei por mim a tecer teorias bem elaboradas que o explicassem, E talvez fosse esse o objectivo do realizador...
Ufff... tou cansado.
ps: agora n sei se veja o naboer... ;)
Não percas o Naboer... também é bastante estranho, mas não tão perturbador como este...
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