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Um livro surreal que começa com duas histórias paralelas: a de um rapaz de 15 anos fugido de casa do pai e que anda à procura da sua mãe e irmã, e a de um veterano da II Guerra Mundial próximo do autismo, mas que consegue falar com gatos. Mistura fantasia e realidade de uma forma absolutamente brilhante, como se tivessemos a sonhar o sonho de outra pessoa e a torná-lo nosso. Tradução para Português a ser editada lá para o início do próximo ano.
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Vencedor merecido dos prémios do P.E.N. Clube Português e José Saramago, este livro conta uma história sobre a loucura e a violência humana de forma pouco linear. Nitidamente inspirado em Kafka, prende o leitor da 1ª à última frase com a sua prosa poética, que nos leva inúmeras vezes a fazer uma pausa para reflexão. O prolifero Sr. Tavares ainda irá dar muito que falar...
Paul Auster - The Brooklyn Follies
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Descobri Houellebecq há um par de anos e com apenas um trio de livros entrou directamente para a minha lista de autores favoritos. Este é o seu 4º livro, o mais ambicioso e provavelmente também o melhor. Nele é apresentada de forma genial a contradição da vida: a raça humana tem os dias contados e está há muito tempo em auto-destruição, por outro o amor faz com que a vida mereça ser vivida. Um livro verdadeiramente avassalador e que também já tem tradução para Português em curso.
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Outro dos meus autores favoritos, que sigo religiosamente desde a sua estreia com Less Than Zero (Menos Que Zero), já lá vão 20 anos. Este vai directamente para o top dos seus livros. Começa por ser uma crítica viperina à distorção provocada pelos media às "celebridades", relatando a vida de sucesso de um tal de Bret Easton Ellis (sim, a personagem principal do livro é a imagem que os media fazem dele), e acaba numa história de fantasmas verdadeiramente arrepiante. Já tem edição Portuguesa pela Teorema.
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O thriller mais original dos últimos tempos (esqueçam o Código). Depois de se dedicar à Ficção Científica com Sewer, Gas and Electric, Ruff escreve este livro sobre dois informáticos com multipla personalidade que é impossível de largar. Um espanto de invenção sem prejuizo da definição das (multiplas) personagens.
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Mais um thriller (desta feita japonês) e que não é muito aconselhável a almas mais sensíveis... dado conter descrições basta horríveis. Kenji é um guia do turismo sexual de Tokyo que é contratado por Frank (um turista Americano gordo), durante o ano novo. As coisas complicam-se quando o comportamento estranho de Frank leva Kenji a suspeitar que este seja responsável por uma vaga de assassinatos a percorrer a cidade. Apesar de a descrição parecer banal, este livro está longe disso, levando os seus leitores a pensar sobre os males da vida moderna, e a diferença entre o bem e o mal.
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Terceiro livro de uma série, sucede a The Straw Men e ao inferior The Lonely Dead, inventando um novo género que mistura os livros de psicopatas com as teorias da conspiração. Recomendei os três livros a um amigo que os devorou num instante e depois ficou com turkey porque já não havia mais. Espero que Marshall não fique por aqui...
3 comentários:
este meu amigo de 30 anos, a tal criança que foi ver o Narnia, já leu a bibiografia completa do Michel Houellebecq.
E estava-me práki a dizer em discurso directo "este é o pior livro dele. É uma repetição dos temas já mais do que batidos dos elohimitas e da questão do fim da civilização europeia. Este neo-cinismo está GASTO!"
E continua "Se gostaste do Houellebecq, experimenta Pierre Guyotat. Faz parte da mesma geração mas é o Me-Me-Me-Me-STRE!"
PS. Os livros deste gajo estão proibídos na maior partes dos países. Só pela Amazon.fr é que vais lá.
É pá! Podes dizer ao teu amigo que eu só gostei do livro do Houllebecq por causa das cenas de sexo ;-)
ok, transmitirei a deixa :)
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