Neste principio de ano este disco parece-me o meu melhor amigo (o que é no mínimo irónico para alguém com 1072 amigos no Facebook). Parece-me que é só ele que me consegue fazer sentir bem (por favor acreditem quando eu digo que a música é a minha droga). Ou então é porque é música tão sacanamente doentia e complexa que me ocupa a totalidade do cérebro ao ponto de não conseguir pensar em mais nenhum dos meus problemas (que muito honestamente são daqueles problemazitos ocidentais de quem tem vidas demasiado confortáveis). É um disco de jazz muito impuro e que me dá vontade de desatar a fazer pogo e moche e outras coisas impróprias para consumo de gajos de meia idade como eu (mesmo nunca tendo tido vontade de fazer nenhuma dessas coisas - tirando o moche num concerto de Gogol Bordello).
Mas falando um pouco (muito pouco mesmo) mais a sério: os Acoustic Ladyland são um quarteto de Londres que fazem um punk jazz completamente único. Já por aqui tinha falado muito bem deles quando editaram o anterior Skinny Grin. Continuam excepcionais apesar de este novo disco não ter vocais. Mas nem fazem falta. O sax e a guitarra transmitem mais emoções por segundo que qualquer boca treinada algumas vez conseguirá. Continuo muito a querer vê-los ao vivo e a não ter sorte nenhuma. Acho que a vida está cheia de injustiças. E eles sabem. Porque este disco absolutamente brilhante está em primeiro lugar na minha lista dos discos injustamente ignorados de 2009. E nem sequer tenho videos para mostrar. Mas fiquem lá com o link para o myspace dos moços.
E já agora, como quem não quer a coisa, nem pedir demais, um Bom Ano...
3 comentários:
Um grande ano, amigo Taborda. Que te veja neste :)
Agora k sou membro do teu blog, espero por ti no meu vais gostar.
visita http://superstangas.blogspot.com
assim como toda gente, se nao o fez, devia ter-se perdido num moche de um concerto de Gogol, deviam também drogar-se com música e sentir estes 'moços' de Londres! muito bom
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