30 setembro, 2008

Letra: Johnny 99 (Bruce Springsteen) - excerto

Well the city supplied a public defender but the judge was mean john brown
He came into the courtroom and stared young johnny down
Well the evidence is clear gonna let the sentence son fit the crime
Prison for 98 and a year and well call it even johnny 99

26 setembro, 2008

Something for the Weekend VI


Fujiya and Miyagi - Knickerbocker

Nem são Japoneses (mas sim Ingleses) nem um duo (mas sim um quarteto). O álbum Lightbulbs já saiu há algum tempo e está repleto desta música quase de dança, servida com doses generosas de humor e de estilo.


Calexico - Two Silver Trees

Com o novo Carried to Dust os Calexico fizeram um álbum ao nível do que tinham produzido de melhor até hoje. Não mexe muito na fórmula, mas a mistura multi cultural que produzem está mais sentida e apurada do que nunca.


Ben Folds - You Dont Know Me (featuring Regina Spektor)

Ainda há dias vos falava dele (a propósito da produção do Who Killed Amanda Palmer), e agora também por aqui anda com um excelente disco novo (Way to Normal). Este não me parece ser dos melhores temas do álbum (e o vídeo não ajuda muito), mas tem a presença da Regina Spektor de quem já ando a sentir falta. De qualquer forma não poderia deixar de destacar alguém capaz de fazer a brilhante versão que podem ver aqui abaixo...


Ben Folds - Bitches Ain't Shit (Dr. Dre Cover)

22 setembro, 2008

Para Bons Entendedores

Uma fotografia basta. Não pensavam que eu iria deixar passar em claro atingirmos este número mítico de visitantes únicos, pois não? E antes que se ponham com coisas, esta imagem NÃO é da Sarah Palin, nem do Bruno com o LR.

21 setembro, 2008

Sarah Palin Exclusive Photo

During her teenage formative years. Notice the impressive nail job and the barracuda look, although she didn't use lipstick at the time yet.

20 setembro, 2008

Separados à Nascença ?

Saddam Gibson - Demente & Mel Hussein - Doente Mental

19 setembro, 2008

Something for the Weekend VI

Isto começa a aquecer...


Cold War Kids - Something Is Not Right With Me

D
escobri esta excelente banda da California graças ao Carca, e o primeiro álbum - Robbers & Cowards - fez as minhas delicias durante vários meses. O novo Loyalty to Loyalty já por aí anda e também me parece muito bom, apesar de menos rockeiro, mais bluesy, menos acessível e mais escuro. Este é o seu 1º single...


David Holmes - I Heard Wonders

A espera por este novo disco de David Holmes, foi muito longa. O excelente Bow Down to the Exit Sign, já data de 2000, e se bem que tivemos direito a uns projectos de remixes interessantes (The Free Association) e a umas bandas sonoras (os Oceans) pelo caminho, as saudades da mistura ecléctica de sons e influências que o homem usa já eram grandes. Às primeiras audições o novo The Holy Pictures fica muito longe de desapontar.


TV On The Radio - Golden Age

Mais um regresso em versão menos rockeira (será moda?). Ao 4º album (Dear Science,) a banda reinventa-se com um som mais funk e mais pop, e parece demonstrar ter a capacidade para evoluir e durar muitos anos a fazer Música. Ainda anda em descoberta, mas parece-me que temos um grande disco.

18 setembro, 2008

Série : True Blood

Estreada por terras de Camones no dia em que entrei nos entas, True Blood é a nova criação de Alan Ball, autor da minha série-favorita-de-todos-os-tempos: Six Feet Under (ou para Tugas puristas 6 Palmos de Terra).

Um grupo de cientistas japoneses conseguiu sintetizar o sangue, e este agora vende-se em supermercados e boas lojas de conveniência. Com isto os vampiros puderam sair do caixão, e estão agora aproximadamente inseridos na sociedade civil, apesar de serem discriminados. Também foi descoberto pelos humanos que o sangue de vampiro é uma droga poderosa, e por isso estes também são caçados pelas antigas redes de trafego de orgãos. A acção centra-se numa pequena cidade da Louisiana, onde Sookie (uma muito bem escolhida Anna Paquin), uma emprega de mesa telepata, conhece Bill (Stephen Moyer) um vampiro muito misterioso (como não poderia deixar de ser) por quem se apaixona.

Misturando o estilo único de representação da vida familiar de Ball, com os géneros de terror e ficção cientifica, dá um resultado bastante fora do vulgar. Acrescentando o calor libidinoso da Louisiana à mistura, torna-a totalmente irresistível. Ainda só passaram 2 episódeos, mas foram mais do que suficiente para ficar rendido e impacientemente à espera de mais... Deixo-vos uma dentadinha.

14 setembro, 2008

É Prá'manhã

Catorze faixas. Doze anos e dez meses de espera. Coisa pouca para um homem de barba rija como eu. O entusiasmo juvenil já lá vai, afinal são quase três décadas de dedicação à causa, mas garanto-vos que este será não só o melhor álbum do ano, como o da década transacta.

12 setembro, 2008

Something for the Weekend V

De regresso de férias, deparo-me ainda com os resquícios da silly season, e com a falta de novidades verdadeiramente novas para recomendar. Mesmo assim consegui reunir um grupo de vídeos jeitoso...


Elbow - Bones of You

Os Elbow ganharam esta semana um muito merecido Mercury pelo seu The Seldom Seen Kid. Em termos formais, se tivesse de escolher entre os nomeados, teria de escolher o In Rainbows, mas o facto é que os Elbow já têm uma carreira longa e cheia de discos muito bons, e precisam muito mais do reconhecimento e destaque obtidos por este prémio do que os Radiohead. Para quem ainda não ouviu é daqueles discos que se vai entranhando devagarinho na alma, e que soa mais delicado e complexo a cada nova audição. Absolutamente obrigatório.


The Notwist - Boneless

Já por aqui vos tinha falado do último disco desta banda alemã, que continua a ser injustamente ignorado. Este é o 2º single do álbum e é provavelmente o tema mais acessível, e por isso uma excelente escolha...


Dodos - Fools (Live)

Desde que comecei esta rubrica que ando à procura de um vídeo de jeito deste extraordinário duo acústico. Finalmente consegui encontrar uma gravação ao vivo deste Fools, e que me deixou imensa vontade de estar lá. O álbum Visiter com a sua folk maníaca é excelente e mais uma vez recomendado, apesar de poder ser um pouco esquizofrénico demais para algumas pessoas...


Bowerbirds - Dark Horse (Live)

Apesar de já ser de 2007, e tal como previa na última edição desta coluna, o álbum Hymns for a Dark Horse revelou-se a banda sonora das minhas férias. A ver vamos se arranjo tempo para escrever algo mais completo sobre ele... Entretanto não consegui resistir à intimidade quase excessiva desta gravação ao vivo dentro de um carro em andamento.

11 setembro, 2008

Música : Lá vem o gajo outra vez com a neurótica de estimação...


Como se não bastasse já uma critica ao disco, e um vídeo na rubrica semanal, volto a chatear o público com a minha querida Amanda Palmer... E isto tudo porque ela decidiu fazer uma espécie de "Radiohead" e lançar o disco directamente para o consumidor. Com a diferença que todas as modalidades disponíveis contemplam suporte físico.

A edição mais completa, limitada a 672 encomendas, e de que eu consegui garantir uma cópia por 100 USD contém:
- Download imediato do álbum com duas faixas bónus;
- CD Digipack assinado pela Amanda e pelo Ben Folds;
- Uma T-Shirt exclusiva;
- Download de um EP digital "exclusivo" de demos e raridades;
- Uma litografia exclusiva assinada pela Amanda;
- Um livro escrito pelo Neil Gaiman e assinado por ambos;
- Edição em vinil assinada pela Amanda;
- Fotografias de cenas do crime;
- Uma prova do crime (diferente em cada uma das 672 cópias);

Para além disto tudo ainda há um concurso para ganhar um concerto privado, bilhetes para concertos, e vouchers para a loja dos Dresden Dolls.

A isto é que eu chamo dar tudo por tudo, apesar das más linguas poderem dizer que está trying too hard. A edição limitada já está esgotada, mas os interessados ainda poderão ver as restantes versões por aqui. E para terminar tomem lá Guitar Hero...

05 setembro, 2008

Livros : Férias 2008

Quando viajo nas férias não consigo ler grande coisa. Mas se me fico cá pela terrinha, tenho alguma tendência para passar as férias a ler: é ao pequeno-almoço, é na praia, é à hora da sesta, é depois à noite até cair para o lado de sono.

Nestas duas semanas de férias, despachei uns quantos dos livros que tinha para ler (segundo o meu Anobii ainda ficaram na pilha 49) e, apesar de alguma dispersão estilística, posso dizer que gostei de tudo o que li (ou sou pouco exigente ou sou muito bom a escolher).

Clássicos

Cadernos do Subterrâneo
Fiódor Dostoiévski

Até há relativamente pouco tempo não queria sequer saber dos clássicos da literatura. Tal como na música e no cinema, a minha postura era claramente olhar para o presente e (de preferência) para o futuro. Por influência dos media e de alguns amigos de bom gosto, comecei a ler alguns dos clássicos Russos (Tchékov, Tolstoi, Gogol), e agora confesso-me algo viciado. No entanto sinto que não tenho ponta de legitimidade para escrever sobre estes senhores enterrados há muitos anos, e que muita gente parece idolatrar. Este foi o meu primeiro Dostoiévski e fiquei desconfiado que não era uma obra menor só em tamanho. A 1ª parte pareceu-me um bocadinho chata, mas gostei muito da 2ª. Terei evidentemente de me lançar em projectos mais ambiciosos...

Menina Else
Arthur Schnitzler

Este é Austríaco em vez de Russo, e é um bocadinho mais recente. Contemporâneo e amigo de Sigmund Freud, a menina Else do título é uma rapariga de 19 anos um pouco neurótica (estou a ser simpático) que se encontra de férias no meio da alta classe, que sofre dos problemas de grande parte das pessoas da mesma, e que se encontra mediante um dilema moral que a levará a inevitável tragédia. Dado ser bastante arrojado para a época (1924), não apenas pela critica social, mas também no que concerne à representação da libido feminina, este livro foi proibido pelo poder fascista alguns anos depois da sua publicação. Tendo sido um dos primeiros livros a expor o que vai na mente da sua personagem de forma não linear (à semelhança do que se passa nas nossas cabecinhas), lê-se de um só fôlego e deixa muita vontade de ler mais obras do autor.

Contemporâneos

Swung
Ewan Morrison

Este é o primeiro romance deste Escocês - que anteriormente tinha publicado uma recolha de contos intitulada The Last Book You Read - e por esta amostra parece-me que temos escritor para o futuro (lá estou eu...). David é um actor falhado e divorciado que trabalha numa pequena cadeia de televisão e que sofre de impotência. A sua companheira Alice é uma artista plástica à deriva, que acaba por trabalhar na mesma cadeia de televisão que David, há falta de melhor para fazer. Swung acompanha-nos nas investidas que ambos fazem pelo mundo do swing, na tentativa de encontrar uma cura para o pequeno problema do protagonista. Com conteúdo bastante explicito, é no entanto a densidade psicologica das suas personagens que lhe confere um toque de realidade e uma profundidade que o faz sobresair. Mesmo não tendo ficado totalmente satisfeito com o final, temos nitidamente autor a seguir e vou já tratar de encomendar o seu novo livro - Distance.

La Sombra del Viento
Carlos Ruiz Zafón

Por mais que resista a ler "livros de sucesso", era mais ou menos inevitável ler este bestseller Espanhol. A ideia base de um miúdo de 10 anos que é levado ao "Cemitério dos Livros Esquecidos" pelo seu pai, onde pode escolher um único livro entre os milhares e que acerta em cheio num título de um romancista obscuro e misterioso chamado Julian Carax, é claramente muito apelativa a qualquer pessoa que tenha amor pelos livros. A partir desta ideia base, o autor faz-nos avançar com mestria para a frente e para trás nos anos e na cidade de Barcelona, enquanto se descobre a história do livro e do seu autor. É verdade que segue um pouco o modelo de sucesso Americano, mas está recheado de personagens que só poderiam ser Espanholas e o negrume dos anos da guerra civil e do fascismo, confere-lhe um toque único. Completamente impossível de largar...

No One Belongs Here More Than You
Miranda July

Realizadora de Me and You and Everyone you Know, Miranda July é aquilo a que se chama uma artista multifacetada: performance, música, escrita, interpretação são outras das artes a que já se dedicou, e tudo me leva a crer que não ficará por aqui. Esta primeira colecção de contos, sofre um pouco do mesmo problema do seu filme de estreia: se por vezes consegue ser totalmente brilhante no seu humanismo (pontualmente fez-me lembrar o saudoso Raymond Carver), por outras também parece ter um pouco de tendencia a fazer coisas estranhas só para parecer diferente. E depois quase todas as suas personagens são pessoas solitárias e desenquadradas socialmente, o que sendo interessante se torna um pouco cansativo. Mesmo assim contém, sem qualquer dúvida o melhor conto que li recentemente: Something That Needs Nothing é mais do que suficiente para merecer o desvio...

Tugas

A Carne de Deus
Afonso Cruz

Guitarrista dos Soaked Lamb (de que o LR vos falou por aqui) e tendo sido um dos colaboradores do saudoso Baixa Autoridade, este livro de estreia de Afonso Cruz foi uma grande surpresa. Primeiro volume das aventuras de Conrado Fortes (um tipo desempregado e baixinho mas com um grande poder de atracção) e Lola Benites (uma mulher sofisticada e sensual de boas famílias), envolve-os numa trama alambicada e picaresca que parece conseguir envolver todos os credos e cultos do mundo numa série de assassinios. Apesar de ser mesmo um livro de aventuras, o autor deixa bem transparecer o seu gosto pelo estudo comparativo das diversas religiões. Tanto as personagens principais como a sua interacção estão muito bem conseguidas, o humor está quase sempre presente, e só posso mesmo ter ficado viciado. Há muito que não me divertia tanto com um livro. Venha daí o próximo...

o remorso de baltazar serapião
valter hugo mãe

apanhei este senhor a fazer a apresentação do seu novo livro (o apocalipse dos trabalhadores) na fnac e fiquei suficientemente curioso para experimentar. decidi no entanto começar por este, o seu livro anterior, e vencedor do prémio saramago de 2007. passado na idade média feudal, apresenta-nos a vida do tal baltazar que casa com a mulher dos seus sonhos, para depois a estrupiar em ataques de ciúme doentio. não é fácil de ler, tanto pela linguagem a atirar para o antigo, como pelo conteúdo realista e brutal, mas foi uma autêntica revelação. não tenho a menor dúvida que deste conjunto foi o livro de que gostei mais, e já cá canta o apocalipse para ler em breve...