25 dezembro, 2007

"Feliz" Natal!



Nine Inch Nails - Something I Can Never Have

22 dezembro, 2007

Injustamente Ignorados II



The Cooper Temple Clause - Blind Pilots

Mais uns que decidiram pendurar as botas em 2007... Deixam-nos 3 álbuns em que no do meio reside a virtude: Kick Up the Fire, and Let the Flames Break Loose mereceu muitas audições e ainda hoje me proporciona imenso prazer. Não consegui encontrar vídeo para Talking to a Brick Wall, a minha música favorita da banda, mas aproveito para dedicar este aos meus co-tralalas...

Injustamente Ignorados I



Hope of the States - Sing It Out

Para mim uma das melhores bandas inglesas dos últimos anos, tiveram "tanto sucesso" que já desistiram. Ficam dois álbuns excelentes: The Lost Riots e Left. Aconselho-vos a descobri-los, até porque certamente não vai haver mais. Alguns dos membros da banda criaram entretanto os Troubles...

21 dezembro, 2007

Letras : Solitary Man (Johnny Cash)


Belinda was mine 'til the time that I found her
Holdin' Jim
And lovin' him

Then Sue came along, loved me strong, that's what I thought
But me and Sue,
That died, too.

Don't know that I will but until I can find me
A girl who'll stay and won't play games behind me
I'll be what I am
A solitary man
A solitary man

I've had it here - being where love's a small word
A part time thing
A paper ring

I know it's been done havin' one girl who loves you
Right or wrong
Weak or strong

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Um homem todo vestido de preto, a cantar esta letra, fez-me lembrar um amigo meu. Feliz Natal, CC!

20 dezembro, 2007

Lista de Natal do Ervi

Um livro amarelo que depois de ler terei todo gosto em emprestar

Um CD original da Wing, de preferência um dos dos AC/DC (sim, há dois diferentes!!!)


Um brinquedo do Jesus Astronauta (este não pode ser em segunda mão e tem de vir selado dentro da caixa)

Um Butt Plug da Paris Hilton, edição especial "Jailbird" (este já pode)

Uma hora com esta senhora, meia, vá lá 3 minutos e despachamos o assunto...

19 dezembro, 2007

My Personal Jesus

Sandokan, Tiger of Mompracem

16 dezembro, 2007

Duas seguidas...


Quem segue de há uns anos (mais de vinte, para dizer a verdade...) a saga XIII, esperava ansiosamente o tomo final, previsto para este Inverno de 2007.

E eis senão quando aparecem dois tomos finais. Os mais cínicos dirão que se tratar de fazer render o peixe, e de explorar os fãs mesmo até ao fim...

Em todo o caso, as boas notícias são que o penúltimo volume (La Version Irlandaise) é desenhado por Moebius - se bem que destoe um pouco numa série que vivia sobretudo (para não dizer exclusivamente - já lá irei) do traço inimitável de William Vance.

O último (Le Dernier Round), já da autoria de Vance, vem no essencial rematar algumas pontas soltas, mas sem os golpes de teatro típicos dos volumes anteriores. E a crítica mais dura tem de ir para a história verdadeiramente pedestre, que começou por ser um interessante e intrigante pastiche do típico enredo do agente secreto amnésico e em busca da sua identidade (pois, podia chamar-se Bourne...), para se arrastar mais ou menos penosamente nesta fase final.

Abundaram os golpes de teatro forçados, as personagens esterotipadas, e se calhar a coisa durou uns quatro ou cinco álbuns a mais (foram 19 no total). Mas valeu a pena, especialmente para quem admira o extraordinário desenhador que é William Vance (se bem que XIII não é, e nunca foi, Bruno Brazil...). Os reaccionários saudosistas (como eu) da BD dos anos 70 encheram o papinho...

Separadas à Nascença ?

Minette Walters, Crime Novelist

Minette Daily, Contortionist

14 dezembro, 2007

Livro : Perfeitos Milagres (Jacinto Lucas Pires)


Por muito que tente evitar ser preconceituoso, confesso que tenho esse tipo de sentimento em relação à maioria dos autores Portugueses (apesar de não chegar aos calcanhares do Ervi). Se somarmos a esses preconceitos, o facto de se ser filho de um político, é perfeitamente natural que se ignore este autor, e se crie institivamente um conjunto de cenários em que a publicação só acontece graças a um certo factor C, e que está a roubar espaço a verdadeiros escritores com baldes de talento e que passam fome à espera de ser publicados. Foi provavelmente por este motivo que até ao passado recente tinha ignorado este Jacinto Lucas Pires. Uma crítica muito positiva na Time Out Lisboa deixou-me no entanto curioso o suficiente para arriscar, e o facto é que não me arrependi.


A escrita do livro iniciou-se em Nova Iorque durante uma residência para escritores, e é mesmo aí que se passa. Seguimos as procuras de três grupos de personagens: uma estrela de rock em fuga após o suicidio inexplicado da sua companheira, um jornalista enviado especial à procura de histórias para um livro que sonha escrever há muito, um grupo de teatro experimental à procura de um novo formato mais adequado aos tempos actuais. As histórias entrecruzam-se, algumas das personagens conhecem-se, e como sempre na vida nem tudo corre bem.


Muito bem escrito (apesar da estranheza de "ouvir" personagens Americanas a utilizarem calão Portugues), ainda melhor estruturado, recomendo vivamente este retrato dos nossos tempos. Não é certamente uma obra-prima, mas Lucas Pires demonstra-se um real repositório de talento, e acredito que no futuro nos dará livros ainda melhores.

O Par Ideal?

Mine, a Cerveja


Minnie, a Rata

13 dezembro, 2007

Livro: Os Alemães em Portugal 1933-1945 (Reinhard Schwarz)



Já tenho este livro há um ano, mas é sabido que tenho um problema com datas.


É uma obra de inegável interesse, que nos descreve a colónia alemã entre 1933 e 1945 através das suas instituições. Gosto especialmente das seguintes passagens:


«O Nacional-Socialismo aspirou a uma mudança radical da sociedade e dos seus valores e, mesmo no estrangeiro, dispunha de nacional-socialistas cultos e entusiásticos em número suficiente para também aí abrir caminho graças à sua inquestionável dinâmica.» (p. 15)


«O objectivo do governo do Reich relativamente à questão judaica era separar os judeus do povo alemão pela sua qualidade de estrangeiros, retirá-los de cargos públicos e de posições influentes e fomentar a sua emigração.» (p. 159)


«Por exemplo, na lista com a epígrafe II, Elementos nefandos - mulheres em cabarés, estabelecimentos pouco sérios e prostitutas, registou vinte e quatro judias que trabalhavam em locais portugueses da capital.» (p. 164)

Aberto

Depois de uma antestreia em família, abriu ontem à generalidade dos internautas o blogue A Santíssima Trindade, consequência de um momento de loucura carnal, comummente adjectivado de orgasmo e/ou ejaculação vegetal.

Quem faz um filho fá-lo por gosto, mesmo quando dos preliminares à fecundação decorre menos de um minuto. Aturar-lhe as birras e dar-lhe uma infância feliz é que já poderá ser uma história diferente. A ver vamos, vejam vocês também.

Almas Gémeas ?

Mini (the) Car, in Black


Minnie (the) Driver, in Black Mini Dress

12 dezembro, 2007

Letras : Get Down Make Love (Freddie Mercury)


Get down make love
Get down make love
Get down make love
Get down make love
You take my body
I give you heat
You say you're hungry
I give you meat
I suck your mind
You blow my head
Make love
Inside your bed - everybody
Get down make love
Get down make love
Get down make love
Get down make love

Ev'rytime I get hot
You wanna cool down
Ev'rytime I get high
You say you wanna come down
You say it's enough
In fact it's too much
Ev'rytime I get a
Get down get down get down
Make love

(Get down) I can squeeze - (make love) you can shake me
(Get down) I can feel - (make love) you can break me
(Get down) Come on so heavy (make love)
(Get down) When you take me (make love)
You make love you make love you make love you make
love
You can make ev'rybody get down make love
Get down make love

Ev'rytime I get high
You wanna come down
Ev'rytime I get hot
You say you wanna cool down
You say it's enough
In fact it's too much
Ev'rytime I wanna get down get down get down

G
et down make love
Get down make love
Get down make love
Get down make love

Ev'rytime I get hot
You wanna cool down
Ev'rytime I get high
You say you wanna come down
You say it's enough
In fact it's too much
Ev'rytime I wanna
Get down get down
Get down make love

11 dezembro, 2007

Livro : Aprender a rezar na Era da Técnica (Gonçalo M. Tavares)


Como a grande maioria dos seus leitores regulares, descobri o Sr. Tavares quando da publicação do muito merecidamente muito premiado Jerusalém. Desde então tenho andado a seguir o seu trabalho para trás e para a frente, mas ainda não consegui ler tudo, dado ser muito prolifero - começou a ser editado em 2001 e actualmente já conta com perto de 20 obras. Apesar de gostar mais de umas coisas e menos de outras, posso afirmar sem qualquer sombra de dúvida que este, é o meu autor Português favorito.


Este é o último volume da tetralogia O Reino, cujos anteriores volumes foram Um homem: Klaus Klump, A máquina de Joseph Walser e o já referido Jerusalém. Pessoalmente é nesta tetralogia que o autor deu o seu melhor (até ao momento), apesar de a colecção O Bairro, também ter alguns volumes muito bons. Mas não se assustem porque podem ler qualquer um dos quatro livros isoladamente porque a continuidade é essencialmente temática (apesar de uma ou outra fugaz aparição de personagens de outros livros).


Contando a história da vida de um certo Lenz Buchmann, um médico de profissão que decide enveredar pela política a dada altura, é a viagem pela psique de um homem frio, calculista e talvez mesmo inumano, bastante representativo de uma certa estirpe de homem actual, normalmente associado a posições de poder. Como já é hábito nesta série de Tavares (ou não fossem estes livros negros), o pessimismo na raça humana é uma constante, e quanto à esperança, esta parece nem sequer chegar a nascer. A escrita continua com o mesmo estilo clássico e fluido dos livros anteriores, e é com uma precisão quase matemática que o autor nos faz por momentos acreditar que a filosofia e a psicologia são ciências exactas.


Tavares fecha assim a sua tetralogia em perfeito crescendo. Mas não pensem que, lá por ser um autor Português, desta vez o livro é fácil de encontrar. Saiu há uns 15 dias, mas desde de Domingo que ando à procura de umas cópias para oferecer sem qualquer sucesso. As 5000 cópias desta 1ª edição foram claramente insuficientes para o êxito que o autor começa a ter...

10 dezembro, 2007

Letras : Running the World (Jarvis Cocker)


Well did you hear, there’s a natural order.
Those most deserving will end up with the most.
That the cream cannot help but always rise up to the top,
Well I say: Shit floats.
If you thought things had changed,
Friend you’d better think again,
Bluntly put in the fewest of words,
Cunts are still running the world,
Cunts are still running the world.

Now the working classes are obsolete,
They are surplus to societies needs,
So let ‘em all kill each other,
And get it made overseas.
That’s the word don’t you know,
From the guys thats running the show,
Lets be perfectly clear boys and girls,
Cunts are still running the world,
Cunts are still running the world.

Oh feed your children on Cray fish and Lobster tails,
Find a school near the top of the league,
In theory I respect your right to exist,
I will kill ya if you move in next to me,
Ah it stinks, it sucks, it’s anthropologically unjust,
But the takings are up by a third, Oh So
Cunts are still running the world,
Cunts are still running the world.

Your free market is perfectly natural,
Or do you think that I’m some kind of dummy,
It’s the ideal way to order the world,
Fuck the morals, does it make any money?
And if you don’t like it? Then leave.
Or use your right to protest on the street,
Yeah, use your rights but don’t imagine that it’s heard, Oh no no,
Cunts are still running the world,
Cunts are still running the world.



Já há muito tempo que tinha decidido que a minha próxima letra favorita seria deste senhor. Estava no entanto indeciso entre esta, o Live Bed Show de Different Class e o Dishes de This is Hardcore. O post do LR sobre o álbum e a cimeira que cá tivemos (e que provavelmente só serviu para complicar a vida dos Lisboetas durante este dias), criaram um daqueles momentos de sincronicidade que me obrigam a agir...

Inicialmente lançado como um single exclusivamente online no verão de 2006, esta música está "escondida" no final do álbum homónimo, 30 minutos após o fim de Quantum Theory. E também foi incluída nos créditos finais do Children of Men do Alfonso Cuarón (muito apropriadamente).

09 dezembro, 2007

Livro: Balada para Sérgio Varella Cid (Joel Costa)


A imagem é merdosa, eu sei. Mas foi a melhorzita que encontrei, e era o que faltava andar a fazer scan de capas para agradar ao Shrek e ao Burrinho...

Sinopse telegráfica: Sérgio Varella Cid era um menino prodígio, pianista de renome mundial aos dez anos de idade, oriundo de uma prestigiada família do Estado Novo. Mas com o passar dos anos, revela outras facetas da sua personalidade: mulherengo, jogador inveterado (e também de renome mundial!), mentiroso compulsivo.

O resto, que não vou contar, é digno de Hollywood, e termina (?) algures no Brasil, nos meandros do tráfico de automóveis roubados. Há quem assegure que Varella Cid foi morto, há quem diga que mudou de cara e de identidade, que anda por aí (como o outro). O facto de a chave do enigma estar nas mãos de Hosmany Ramos, cirurgião plástico brasileiro actualmente a cumprir pena de prisão, só adensa o mistério.

A escrita de Joel Costa tende para o irritante, parece por vezes o Tom Wolfe dos pobrezinhos (sim, é jornalismo ficcionado). Mas a história é tão fascinante que resiste a isso...

Disco: Jarvis - Jarvis


Já foi editado há um ano, eu sei. Mas esteve esgotado durante muito tempo na FNAC do Chiado, e a minha absoluta preguiça impediu-me de o procurar noutros locais.

Mea culpa, que assim perdi meses de deleite... Ou melhor, não é totalmente verdade, porque duas das músicas já conhecíamos na versão de Nancy Sinatra (no disco que lançou em 2004 pela mão de Morrissey), mas o facto é que na voz de Jarvis soam de forma diferente.

Para quem não saiba, o senhor Jarvis Cocker foi durante anos a fio vocalista, compositor e a imagem dos saudosos Pulp. E neste seu disco a solo, distante do pop mais alegre dos Pulp de meados dos anos 90 mas próximo dessa obra-prima blasé e decadente que foi o seu "This Is Hardcore", Jarvis está melhor do que nunca.

O disco é todo bom, mas gostei especialmente de "I Will Kill Again", "Fat Children" e "From Auschwitz to Ipswich". Jarvis avisa (e nosso amigo é): se julgamos estar a salvo nas casas de campo, nos carros com GPS, a beber vinhos seleccionados e com as fotos de família no telemóvel, estamos bem enganados. E bem fodidos, ou a caminho disso.

Separados à Nascença ?

Palpa Tini e Papa Rati

Papa Rati e Palpa Tini

05 dezembro, 2007

Marketing estúpido e racista? Viva os CTT!

Para quem anda alheado destas coisas, os CTT acabam de lançar a primeira rede móvel virtual cá no burgo. No fundo isto quer dizer que é a TMN, mas com nome e tarifário diferente. E que belo nome que foram escolher! Gostava de saber quem foram os idiotas dos criativos de branding que cagaram esta pepita... Parece-me que estão logo à partida a direccionar toda a marca para a ralé, mas posso ser eu que estou a ficar velho. Gostava de saber se alguma pessoa com um pouco de cultura e gosto seria capaz de aderir a esta trampa.

E para juntar à desgraça, a campanha de outdoors só apresenta pessoas de cor. Eu sei que as agências de publicidade insistem com os clientes para a inclusão desta etnia, mas ao utilizá-la exclusivamente numa campanha, ainda por cima nitidamente apontada para um mercado de classe baixa, não estarão a ser um bocadinho racistas?

A cereja no topo do bolo é no entanto uma afirmação que li numa notícia no site da TVI, segundo a qual os CTT desejam tornar-se o quarto maior operador móvel do país. Com tanto jeitinho, até estremeço só de pensar que confio a esta gente a entrega das minhas encomendas...

03 dezembro, 2007

Livro : The Worms Can Carry Me to Heaven (Alan Warner)

Deste Alan Warner só tinha lido até agora o seu primeiro livro Morvern Callar, cuja versão cinematográfica (realizada por Lynne Ramsay), considero uma das melhores adaptações de livros ao cinema, em grande parte devido à fabulosa prestação da Samantha Morton no papel principal. De origem Escocesa este autor é normalmente associado à geração literária de Irvine Welsh, o que a meu ver é um pouco redutor, dado que enquanto Welsh se concentra na vida nos grandes centros urbanos, Warner localiza normalmente os seus livros em meios mais rurais. Foi galardoado praticamente com um prémio por cada um dos seus livros até ao momento e em 2003 foi considerado um dos 20 Best of Young British Novelists pela revista Granta. Grandes credenciais portanto...

The Worms... relata a vida de um tal Manolo Follano, um designer arquitectural de 40 anos com algum sucesso profissional e com ambição reduzida. O livro inicia-se no momento em que lhe é diagnosticada uma doença potencialmente mortal, e segue (em grande parte) de forma não sequencial as memórias dos momentos mais significativos da sua vida (tanto bons como maus). E só pode ser considerado um pequeno milagre o que Warner consegue fazer com a vida de uma pessoa tão perfeitamente normal. Há já algum tempo que nenhum livro me deixava tão agarrado e divertido... A contribuir para tal não está apenas a história, mas sim todos os "truques" de linguagem que o autor utiliza: nunca é revelada a doença, nem a nacionalidade do protagonista, mas são ambas muito fáceis de identificar e o livro está escrito como se se trata-se de um relato na 1ª pessoa na lingua materna da personagem, posteriormente traduzido para Inglês, e traduzindo expressões idiomáticas de forma tão literal que se torna hilariante (The Host, Uncle e Mother of a Whore, são apenas alguns exemplos).

Um livro muito humano e que consegue representar de forma fidedigna aquela dualidade entre a alegria e a tristeza que se verifica na vida de todos nós. Agora vou ter de ir ler os livros do homem que deixei pelo caminho...

02 dezembro, 2007

O nível de educação necessário para entender este blog é:

cash advance

Acho que isto quer dizer que vocês (os nossos leitores habituais) estão de parabéns...

Eu sei que esta posta devia ser da autoria do Ervi, mas ele está muito ocupado a preparar a próxima feira de discos para ligar a estas tretas...