27 julho, 2009
Trailer Park : Thirst
Este novo filme de Park Chan-Wook, realizador coreano que nos trouxe JSA e a trilogia da Vingança (Sympathy for Mr. Vengeance / Old Boy / Sympathy for Lady Vengeance), ganhou o prémio do júri no último festival de Cannes, ex-equo com Fish Tank. Este trailer parece-me muito promissor, tendo ficado em pulgas para pôr os olhos e os ouvidos nele...
26 julho, 2009
Something for the (end of the) Weekend 46
Esta semana arranco com um tema perfeito para celebrar a silly season! Muito punkish e festivaleiro, este novo tema dos Johnny Foreigner fará parte do segundo álbum da banda ainda sem título, mas que deverá sair antes do final do ano e é muito aguardado por estas bandas. Esperemos que até lá me consiga livrar da porcaria da otite que consegui arranjar no ouvido esquerdo e que me impede de ouvir música em condições...
Johnny Foreigner - Feels Like Summer
Já por aqui passei desta Nova Iorquina que até à data só lançou um EP, mas achei bastante piada a esta versão de um tema do excelente Made in the Dark dos Hot Chip. Não bate propriamente o original, mas é mais acústico e mais desenvolvido em termos vocais...
Lissy Trullie - Ready for the Floor
Os Mickey 3D são uma das minhas bandas Francesas preferidas, sendo praticamente desconhecidos por estas paragens. Já têm uma carreira com 4 discos de originais editados (recomendo principalmente os 2 últimos - Tu Vas Pas Mourir de Rire e Matador), e após um split pouco amistoso, e um disco a solo (Mick Est Tout Seul), Mickaël Furnon decidiu continuar o projecto contratando novos músicos. O novo disco chama-se La Grande Évasion e sai a 21 de Setembro no país dos gauleses. Esta primeira amostra não parece trazer muito de novo, mas parece manter o nível...
Mickey [3d] - Méfie Toi L'Escargot
Johnny Foreigner - Feels Like Summer
Já por aqui passei desta Nova Iorquina que até à data só lançou um EP, mas achei bastante piada a esta versão de um tema do excelente Made in the Dark dos Hot Chip. Não bate propriamente o original, mas é mais acústico e mais desenvolvido em termos vocais...
Lissy Trullie - Ready for the Floor
Os Mickey 3D são uma das minhas bandas Francesas preferidas, sendo praticamente desconhecidos por estas paragens. Já têm uma carreira com 4 discos de originais editados (recomendo principalmente os 2 últimos - Tu Vas Pas Mourir de Rire e Matador), e após um split pouco amistoso, e um disco a solo (Mick Est Tout Seul), Mickaël Furnon decidiu continuar o projecto contratando novos músicos. O novo disco chama-se La Grande Évasion e sai a 21 de Setembro no país dos gauleses. Esta primeira amostra não parece trazer muito de novo, mas parece manter o nível...
Mickey [3d] - Méfie Toi L'Escargot
19 julho, 2009
Livro : Barroco Tropical (José Eduardo Agualusa)
Comecei a ler Agualusa há coisa de um ano e contrariamente às orientações que normalmente me imponho, nomeadamente aquela que me diz que devo deixar passar um mínimo de 6 meses entre cada livro de um dado autor, este foi o 4º livro dele que li. O primeiro foi Um Estranho em Goa, que faz uma evocação perfeita daquela região que visitei há uns anos, e que me deixou cilindrado com a qualidade da escrita do homem. Depois seguiram-se o premiado Vendedor de Passados e a recolha de contos Passageiros em Trânsito. Com este, o autor entra definitivamente na minha lista de escritores a seguir fervorosamente.
Passando-se em Luanda em 2020, o livro vai alternando capítulos vistos do ponto de vista de um tal Bartolomeu Falcato, romancista de sucesso e sem papas na língua (e claro alter ego de Agualusa), e Núbia de Matos, uma cantora também ela de sucesso, e amante ocasional do primeiro. A trama é demasiado complexa para a tentar sequer resumir aqui, principalmente quando juntamos uma quantidade muito considerável de incríveis personagens secundárias (e que nos são formalmente apresentados de forma muito teatral). Digamos apenas que a colocação da narrativa no futuro, tem por objectivo a hipérbole do presente, nomeadamente ao nível daquilo que (imagino) seja a politica e a corrupção em Angola.
Como nos anteriores livros, Agualusa mistura de forma assombrosa a ironia com a realidade e as lendas. Tão depressa temos momentos de brilhante humor, como episódios verdadeiramente viscerais. Talvez seja mesmo por esta permanente mudança de registo que possa não ser considerado formalmente como o melhor livro do autor, mas sinceramente, foi o que gostei mais até hoje, e também no qual se nota claramente o enorme gozo que Agualusa terá tido ao escrevê-lo.
Passando-se em Luanda em 2020, o livro vai alternando capítulos vistos do ponto de vista de um tal Bartolomeu Falcato, romancista de sucesso e sem papas na língua (e claro alter ego de Agualusa), e Núbia de Matos, uma cantora também ela de sucesso, e amante ocasional do primeiro. A trama é demasiado complexa para a tentar sequer resumir aqui, principalmente quando juntamos uma quantidade muito considerável de incríveis personagens secundárias (e que nos são formalmente apresentados de forma muito teatral). Digamos apenas que a colocação da narrativa no futuro, tem por objectivo a hipérbole do presente, nomeadamente ao nível daquilo que (imagino) seja a politica e a corrupção em Angola.
Como nos anteriores livros, Agualusa mistura de forma assombrosa a ironia com a realidade e as lendas. Tão depressa temos momentos de brilhante humor, como episódios verdadeiramente viscerais. Talvez seja mesmo por esta permanente mudança de registo que possa não ser considerado formalmente como o melhor livro do autor, mas sinceramente, foi o que gostei mais até hoje, e também no qual se nota claramente o enorme gozo que Agualusa terá tido ao escrevê-lo.
17 julho, 2009
Something for the Weekend 45
Jack White, Alison Mosshart, Jonathan Glazer, Rock'n'Roll, Balas Perdidas, Buracos no Argumento, Violência Gratuita! Oh, what a happy little piggy you've made me!
The Dead Weather - Treat me Like Your Mother
P.S. - Esta semana só há um video porque estou de férias e a minha ligação não me permite andar à pesca por muito tempo...
The Dead Weather - Treat me Like Your Mother
P.S. - Esta semana só há um video porque estou de férias e a minha ligação não me permite andar à pesca por muito tempo...
16 julho, 2009
Sitcom
11 julho, 2009
Something for the Weekend 44
Se por acaso vos parece que a semana passada não houve fim-de-semana, lamento informar que estão errados. Ele de facto existiu, não tiveram foi a vossa rubrica habitual, e por isso deve ter parecido vazio e enfadonho. A justificação é simples: estamos na ponta da silly season e está toda a gente mais interessada em ir para as filas para a praia, antes que chegue a gripe, do que em fazer vídeos ou editar discos para a gente macambúzia e que não gosta de sol, ver e ouvir. Mesmo assim arranjei umas coisitas sem surpresas e em continuidade com o passado deste espaço para vos ajudar a passar o tempo.
Começamos com o novo single dos escoceses Twilight Sad, que é a primeira amostra do novo álbum a sair em breve. Tudo me leva a crer que iremos ter outro grande disco pejado de guitarras em muro (ou será a murro?) e de poemas cantados / ditos com aquela bela pronuncia...
The Twilight Sad - I Became a Prostitute
Os Bloc Party mantêm a tendência de lançar singles atípicos entre discos, que depois não colocam nos álbuns. É sem dúvida de louvar, e a mistura do som da banda com influências de house e de New Order patentes neste tema, até que funciona...
Bloc Party - One More Chance
E terminamos com o novo vídeo dos Eels, retirado de Hombre Lobo, e parecendo manter a temática lupina com recurso a jovens lobisomens. Apesar de parecer a milésima balada deste tipo que o senhor E nos trás, não deixa de manter o seu charme. Pena é que os blues ácidos e picantes de alguns temas do último disco não tenham ocupado uma maior percentagem do mesmo.
Eels - In My Dreams
Começamos com o novo single dos escoceses Twilight Sad, que é a primeira amostra do novo álbum a sair em breve. Tudo me leva a crer que iremos ter outro grande disco pejado de guitarras em muro (ou será a murro?) e de poemas cantados / ditos com aquela bela pronuncia...
The Twilight Sad - I Became a Prostitute
Os Bloc Party mantêm a tendência de lançar singles atípicos entre discos, que depois não colocam nos álbuns. É sem dúvida de louvar, e a mistura do som da banda com influências de house e de New Order patentes neste tema, até que funciona...
Bloc Party - One More Chance
E terminamos com o novo vídeo dos Eels, retirado de Hombre Lobo, e parecendo manter a temática lupina com recurso a jovens lobisomens. Apesar de parecer a milésima balada deste tipo que o senhor E nos trás, não deixa de manter o seu charme. Pena é que os blues ácidos e picantes de alguns temas do último disco não tenham ocupado uma maior percentagem do mesmo.
Eels - In My Dreams
Filme : Martyrs
O cinema de terror é um daqueles géneros em que cada vez mais parece ser preciso ver uma centena de filmes para encontrar um pérola no meio. Eu vejo bastantes pelos cheap thrills e porque me deixam desligar o cérebro, mas raramente escrevo sobre eles, porque é muito raro excederem as expectativas de entretenimento puro e duro. O último que me tinha verdadeiramente maravilhado tinha sido o Descent do britânico Neil Marshall há uns 4 anos atrás. Vi este ontem à noite e fiquei com a sensação de ter encontrado um dos tais filmes de terror com cérebro por trás...
Realizado pelo francês Pascal Logier (definitivamente o melhor do género deixou de vir dos EUA), começa por ser uma história de vingança, com uma rapariga e a sua melhor amiga a quererem-se vingar de um casal que a raptou e torturou quando era criança. Mas é daqueles filmes sobre os quais quanto menos se souber, mais efeito produzem. Digamos apenas que por volta dos 40 minutos o filme (na estrutura clássica a que estamos habituados) parece estar a acabar, não deixando de forma alguma antever o que se segue. É extremamente violento (batido como estou nestas coisas senti bastante desconforto com algumas cenas), ao ponto de haver quem o inclua na corrente torture-porn (das séries Hostel e Saw). Mas o coração do filme está noutro sítio: é dedicado a Dario Argento, tem influências nítidas de terror japonês e um final doentiamente calmo e transcendente, que o eleva significativamente acima da fasquia. Completamente obrigatório para aficionados, quem não o seja é melhor fugir a sete pés...
Realizado pelo francês Pascal Logier (definitivamente o melhor do género deixou de vir dos EUA), começa por ser uma história de vingança, com uma rapariga e a sua melhor amiga a quererem-se vingar de um casal que a raptou e torturou quando era criança. Mas é daqueles filmes sobre os quais quanto menos se souber, mais efeito produzem. Digamos apenas que por volta dos 40 minutos o filme (na estrutura clássica a que estamos habituados) parece estar a acabar, não deixando de forma alguma antever o que se segue. É extremamente violento (batido como estou nestas coisas senti bastante desconforto com algumas cenas), ao ponto de haver quem o inclua na corrente torture-porn (das séries Hostel e Saw). Mas o coração do filme está noutro sítio: é dedicado a Dario Argento, tem influências nítidas de terror japonês e um final doentiamente calmo e transcendente, que o eleva significativamente acima da fasquia. Completamente obrigatório para aficionados, quem não o seja é melhor fugir a sete pés...
07 julho, 2009
Isso só acontece aos outros!
Mas esta está a bater-me à porta: a minha filha mais nova anda(va) nesta escola... Mas estamos todos bem... Não há sintomas e a vida continua o seu percurso acidentado!
Agora alguém me explica qual é o pai que leva uma criança de 18 meses para férias no México numa altura destas? Compreendo que as viagens agora estejam baratas, mas que nível de egoísmo é necessário para fazer tal coisa? E depois deixa-se a criancinha na Escola quando ela já não está assim com um ar muito viçoso... Há gente mesmo muito estúpida neste planeta...
Já houve quem me chama-se reaccionário por estas minhas postas a quente, mas é mais forte do que eu...
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